"Todos os pais amam seus filhos, assim como todos os filhos amam seus pais." Bert Hellinger
Enquanto estava escrevendo esse texto, uma pessoa muito querida começou a conversar comigo e o assunto caiu justamente na relação entre pais e filhos. Ela falou sobre o pai alcoólatra que batia muito em sua mãe. "Não sei como ela aguentava" ela disse. Hoje tem arrepios de presenciar qualquer tipo de discussão. Como mãe, faz de tudo para que seu filho jamais veja cenas tão lamentáveis. Como filha, prefere nem pensar no pai, para não lembrar do sofrimento.
Estou contando isso para vocês com total permissão dela, embora não cite seu nome.
Depois de tentar imaginar o sofrimento causado, como então a frase do Bert, logo acima, pode fazer sentido?
Em um primeiro momento podemos ver claramente que pessoas que sofrem momentos traumáticos (principalmente na infância) e não conseguem elaborar essas situações, ou seja, não se libertam da dor que ainda está presente, elas acabam reproduzindo seus traumas na vida de outras pessoas, nos filhos, por exemplo.
Estou contando isso para vocês com total permissão dela, embora não cite seu nome.
Depois de tentar imaginar o sofrimento causado, como então a frase do Bert, logo acima, pode fazer sentido?
Em um primeiro momento podemos ver claramente que pessoas que sofrem momentos traumáticos (principalmente na infância) e não conseguem elaborar essas situações, ou seja, não se libertam da dor que ainda está presente, elas acabam reproduzindo seus traumas na vida de outras pessoas, nos filhos, por exemplo.
A vítima rejeita o comportamento do agressor, nega que algo tão ruim possa existir dentro de si e inconscientemente acaba assumindo uma postura similar e, muitas vezes, idêntica aquela que foi negada. Inevitavelmente somos cinquenta porcento nosso pai e cinquenta por cento nossa mãe. Está nas nossas células. Se não queremos cair no mesmo erro de nossos pais o primeiro passo é começar com um profundo e sincero perdão.
Por mais que tentem, os filhos jamais saberão como foi a infância de seus pais e o motivo pelo qual assumiram determinados comportamentos. Por isso, os filhos que se acharem melhores do que seus pais, por "N" motivos, correm o sério risco de criar para si e sua família um destino ainda mais triste.
A única forma de encerrar esses ciclos de traumas é curando-se em primeiro lugar. Quantas vezes vejo pais levando seus filhos aos psicólogos querendo que eles parem de agir de determinas formas, quando na verdade, os pais é quem precisam de mais atenção. Uma vez que os pais elaboram seus traumas, seus comportamentos mudam e automaticamente, seus filhos mudam. Não digo que os filhos não devem receber ajuda profissional, pelo contrário, mas a criança precisa contar com seus pais para se desenvolver de forma saudável e isso só vai acontecer se os pais estiverem de bem consigo.
Por mais difícil que seja a relação entre pais e filhos, sempre haverá amor. Não o amor idealizado. Não o amor como achamos de que deve ser, mas o amor que cada pai e mãe possui para dar.
Por isso, independente da nossa relação com nossos pais ou filhos serem permeadas de sofrimento, saiba que um caminho de amor existe para curar essa dor. Tudo depende do quanto nós estamos dispostos a buscar essas respostas dentro de nós mesmos. Quando digo NÓS, quero dizer, eu você e outras pessoas, pois essa é uma busca coletiva.
Espero que o post dessa semana tenha feito sentido para você.
Gostaria muito de saber seu sentimento sobre o assunto.
Autora: Viviane Lopes, psicóloga, coach de negócios, facilitadora de constelações familiares e fundadora da PsicoClique.
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