Se você quer saber o que essas três coisas tem em comum, leia esse texto até o final.
(Antes de seguir, quero dizer que sei o quanto esse tema mexe com as pessoas. Então pra deixar claro, não é uma crítica a crença de ninguém. Vou apenas relatar a realidade sob o meu ponto de vista e, você tem direito de não concordar, ok?)
Chega de enrolação. Vamos ao que interessa.
Qualquer pessoa que tenha estudado história, vai saber que a religião teve papel importante na formação da nossa cultura. Estou falando do Brasil, mas em nível mundial, muito também se aplica.
Milhares de pessoas pensam que estão livres dessa influência porque não tem religião, não acreditam em Deus, ou porque seguem alguma filosofia ‘diferente’. Na minha humilde opinião, esse pensamento é uma grande ilusão. Porque todos estamos envolvidos na mesma teia do inconsciente coletivo.
Em nível inconsciente (às vezes, até consciente mesmo) acreditamos que dinheiro é sujo, sexo é pecado e espiritualidade só existe se for dentro do cristianismo.
Por isso, muita gente diz que não quer ficar rico. Afinal, riqueza está atrelado a desonestidade, prepotência, ganância e poder. Na bíblia diz assim: ‘Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Pois mais fácil é passar um camelo pelo buraco da agulha, do que entrar um rico no reino de Deus” (Lucas 18:24-25)
Alguns estudiosos afirmam que a palavra agulha se referia a uma pequena porta situada num dos grandes portões da muralha de Jerusalém. Onde as pessoas precisavam se abaixar para passar. Portando, um camelo passar por essa porta, era algo muito difícil - não impossível. Curvar-se para passar no ‘buraco da agulha’ era uma parábola sobre a importância de ter humildade.
Essas crenças relacionadas ao dinheiro são extremamente limitantes e estão ligadas a nossa capacidade de vender o nosso trabalho.
Aha! Chegamos no ponto que eu queria.
Afinal, o que é vender?
É trocar algo que você tem em abundância, para resolver a necessidade de outra pessoa, em troca de algo que você quer ter para resolver uma necessidade sua.
Ou seja, alguém pega algo que precisa e, em troca, te dá algo que você também precisa.
Antigamente isso era feito por escambo (troca de mercadorias), depois com moedas de ouro, cobre e prata, passou para o papel (cheque e notas), evoluiu para o cartão de crédito e hoje temos também o bitcoin.
Portanto, vender é sinônimo de troca. Se a troca é equilibrada, ambos saem ganhando. Sem troca, temos a pobreza. Com troca, temos a abundância. Quanto mais uma pessoa troca, mais ela prospera. Claro, para prosperar também envolve saber administrar aquilo que conquista. Meu mentor costuma dizer, ‘dinheiro não tolera desaforo’. Realmente, quem não sabe respeitar o dinheiro, o perde.
Olhando para isso, como uma pessoa que abomina a riqueza (como se isso fosse coisa de gente gananciosa, que vai para o inferno), pode gerar trocas equilibradas?
A resposta é: dificilmente consegue.
Em toda oportunidade de troca, essa pessoa se sente desconfortável e acaba tomando decisões que inviabilizam essa troca. Por exemplo:
Sente-se estranho quando diz:
- Gosto de ganhar dinheiro
- Vendo meu trabalho
- Estou aberto para a prosperidade financeira
- Trabalho para ajudar as pessoas e, com isso, ter sucesso no meu consultório virtual
Só de falar sobre essas coisas a pessoa já sente vergonha ou algum tipo d e incômodo. Imagine agir para de fato gerar resultado financeiro. Então uma dificuldade puxa a outra.
Mas você pode dizer, "Ah Viviane, mas eu me sinto incomodado falando isso porque dinheiro não traz felicidade. Dinheiro não é o mais importante”.
Eu nunca disse que dinheiro traz felicidade, nem que dinheiro é o mais importante!
Dinheiro não traz felicidade mesmo - traz velocidade. Porque o dinheiro em si, é neutro. Se você não está bem consigo mesmo, com ou sem dinheiro você vai ficar infeliz. Nesse caso o dinheiro vai só acelerar a sua infelicidade.
Conheço casais que depois de ganhar muito dinheiro começaram a brigar e acabaram se separando. Significa que o dinheiro foi o causador? Não. Significa que eles já tinham problemas, mas o dinheiro acelerou o processo, porque eles tinham mais tempo para conviver um com o outro.
Também conheço casais que se separaram quando faltava dinheiro. Então a infelicidade do casal não é causada pelo dinheiro. Acreditar que o dinheiro traz ou tira a felicidade é terceirizar a responsabilidade pelo que acontece na sua vida. É uma fuga de si mesmo.
Eu disse que dinheiro não é o mais importante. Isso é verdade. Dinheiro é importante - mas não o MAIS importante. Com dinheiro você pode fazer coisas que sem dinheiro você não faz. Você tem condições de manter sua família e prover o que é necessário. Então dinheiro importa sim. Mas o MAIS importante é ter saúde e tempo de vida.
Se você emprega seu tempo de vida pensando em entregar algo de valor para as pessoas, pensando em deixar um legado, o dinheiro vem como consequência.
Clichê? Mas é verdade. Dinheiro é consequência.
Só que enquanto as pessoas reclamarem que a sociedade não dá valor ao profissional da saúde. Que não é possível ganhar dinheiro com psicologia. Que o CFP não ajuda o profissional a comercializar seu trabalho. Vão continuar jogando seu recurso mais precioso, que é o seu tempo, no LIXO.
Um minuto que você reclama sem fazer nada para mudar sua realidade é um tempo desperdiçado.
Se você está chateado porque não consegue aumentar o seu ganho com a clínica (virtual ou presencial) comece reconhecendo as crenças que estão te bloqueando. Isso é ser honesto consigo mesmo.
Depois, mude de atitude. Sem ação - Sem resultado.
Aproveite seu tempo de vida para aprender como fazer diferente. Mas não fique esperando chegar num nível de perfeição para começar a agir, porque esse dia nunca vai chegar! Não existe perfeição. Existe aquilo que é bom o suficiente. Pega o que tem e faz seu melhor.
Entrega para as pessoas que elas precisam. Doe parte do seu tempo, doe seu conhecimento. De graça! Isso mesmo. Sem medo, sem dó, sem medo da escassez. Isso vai te colocar no mapa. Abrir as portas para que a troca possa acontecer.
As pessoas vão conhecer seu trabalho, vão sentir que você pode ajudá-las de verdade, vão sentir o seu propósito, sua honestidade e vão querer comprar.
Só que se você ficar preso a crenças sobre: dinheiro ser sujo; vender é feio; se mostrar é coisa de gente convencida (e tudo isso está ligado), vai continuar nadando sem sair praia.
Lembra de mim quando você sentir vontade de reclamar: Viviane disse, que toda vez que eu reclamo da psicologia é sinal de que estou terceirizado a responsabilidade do meu sucesso profissional e me condenando ao fracasso.
Em vez de gastar seu bem mais precioso reclamando, pega o tempo e faz algo pra entregar aquilo que você acredita que é bom. No final das contas, a gente está aqui pra fazer isso mesmo.
Pode ser que muitas pessoas discordem de você. Pode ser que você erre nesse percurso. É bem provável que erre mesmo. É normal. A vida é assim. Erros e acertos.
Palavras duras? Esse é meu jeito. Se doeu leva pra casa que é teu.
Se o que eu escrevi fez algum sentido para você, chama teus amigos psicólogos e vem fazer parte da minha tribo no telegram: https://t.me/listavipvivianelopes - O melhor, é de graça :)
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Viviane Lopes
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