Muito se fala a respeito, mas pouco se compreende sobre os critérios para o diagnóstico desse transtorno.
A consequência disso é a banalização da doença.
É muito comum ver pessoas dizendo que tem compulsão alimentar sem nunca terem passado por um diagnóstico correto quando, na verdade, têm episódios pontuais de certo descontrole diante da comida.
O diagnóstico só pode ser dado por psicólogo ou psiquiatra e deve estar de acordo com os critérios do DSM-5.
Mas, vamos entender melhor.
O transtorno de compulsão alimentar é caracterizado por episódios recorrentes de compulsão alimentar, envolvendo:
- Ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de 2 horas), de uma quantidade de alimentos MUITO MAIOR do que a maioria das pessoas consumiria em um mesmo período;
- Sentimento de falta de controle sobre o episódio;
- Não seletividade, podendo ser qualquer alimento disponível: bolacha, feijão, banana, alface, pizza, jiló, arroz, carne, etc. E se a comida acabar, acredite: até alimento vencido ou estragado.
Ou seja, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não há um critério para a escolha do alimento. Não existe "compulsão alimentar por doces", por exemplo.
A compulsão é a repetição de um impulso, acompanhada da total perda de controle, do sentimento de repulsa por si mesmo, de acentuada angústia e culpa após comer excessivamente.
A compulsão alimentar pode ter uma gravidade mais leve (1 a 3 episódios por semana), até níveis mais extremos (14 ou mais episódios por semana).
Muitas pessoas têm episódios de descontrole alimentar - às vezes, comer muito mais que o normal - mas são impulsos pontuais, e não o transtorno de compulsão alimentar, em si. Essa pessoas podem sim apresentar comportamento de risco para transtornos alimentares, mas nem sempre irá caracterizar um distúrbio. Nesses casos, também é importante procurar ajuda pois há muito sofrimento e prejuízos fisiológicos e psicológicos.
Entretanto, na compulsão alimentar é imprescindível o tratamento com uma boa equipe multiprofissional.
Se você desconfia de alguns desses sintomas, procure ajuda. É possível ter uma relação saudável com a comida e vencer a compulsão alimentar.
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Será um prazer te conhecer, apresentar meu trabalho e poder te ajudar na busca por uma relação saudável com a comida.
Lídia Freire Franco Macedo - Psicóloga CRP 06/150062
Psicologia clínica com foco no Comportamento Alimentar
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