Tem lugar para você na SUA vida?

 

A Vida acontece no AGORA. Quando foi a última vez que você gargalhou até cansar? Que você dançou para si mesma, como se ninguém estivesse vendo? Que você andou descalça só pelo prazer de sentir a grama sob os pés? Que esqueceu da hora no banho porque estava gostoso demais? Que tirou um tempo só para você? Para fazer o que você gosta, sem precisar da permissão de ninguém?

Há um padrão que é muito comum nas mulheres em nossa cultura: as mulheres que estão sempre tentando dar conta de tudo, ter tudo sob controle, e que dão tudo de si para outros, até não sobrar nada para si mesmas, ate se sentirem vazias, esgotadas, de um cansaço existencial.

 Isso pode acontecer na relação com o trabalho, clientes, um companheiro, com os filhos, os pais, os amigos... Sentem -se como se tivessem que lutar sempre com a vida. Mas, na verdade, estão lutando contra si mesmas: contra seus sentimentos, desejos, sonhos, necessidades, pensamentos, idéias próprias. Com medo da crítica, do abandono, da rejeição... e culpa. Começam mesmo a se sentir excluídas da vida, não merecedoras, desvalorizadas, desrespeitadas ... afinal, não tem dado espaço para si mesmas em suas próprias vidas!

Talvez seja um padrão comum porque é algo de certo modo cobrado em nossa cultura. Na ancestralidade feminina (nossas mães, avós, bisavós, etc), provavelmente esse padrão está presente, marcando em nosso inconsciente uma certa imagem da Mulher e de seus relacionamentos, de como deve ou não ser. Há ainda, em nossa cultura, uma crença arraigada sobre a vida e o amor como sacrifício, luta, provação e o desvio desse padrão tras sentimentos de culpa, pecado. E a crença de que o auto amor beira ao egoísmo. Então, as mulheres se sacrificam ...

Enquanto escrevo sobre isso, lembro-me de alguns mitos, onde há o sacrifício do herói/da heroína. E, refletindo, nos mitos este não é um ato de resignação que perpetua uma mesma situação já existente, mas, sim, um ato visceral de entrega a uma força maior que é o destino humano. Este ato, nos mitos, geralmente leva a uma transformação no campo do herói/heroína. O sentido é outro, e trás possibilidades de crescimento.

Como exemplo da entrega consciente do herói a uma força sobre humana, podemos pensar no caso de doenças incuráveis, ou outras condições que não podem ser mudadas, exigindo então a entrega consciente a Força do Destino, Quando isso é alcançado de forma consciente, pode-se perceber o quanto as pessoas se transformam.

Se sentir viva, cheia de alma e sonhos, sentir prazer sendo quem você é, do jeito que você é, se alegrar com sua própria existência.... Não tem preço! A Vida não se resume a cumprir os papéis que nos foram dados, principalmente quando esses papéis são, tantas vezes, contrários aos desejos do nosso coração, à fome da nossa Alma.

Mulheres que se tornam duras demais com a vida de trabalho, quando seu coração está cheio de amorosidade e compaixão, por exemplo, ou que dedica-se exclusivamente a nutrir e apoiar a vida do marido e dos filhos, quando desejam na verdade dar voz a sua própria criação, ter um espaço de liberdade para expressar seus talentos ou ansiando por liberdade.

Se isso ressoa em alguma dimensão do seu ser, a Psicoterapia pode ajudar, abrindo caminhos para o que você já é em essência e potencialidade: sabedoria, força e beleza em uma capacidade enorme para o amor. Um amor que precisa vibrar, antes, dentro, na construção de limites saudáveis nas relações.


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