Muitas vezes quando saímos de um relacionamento que estávamos totalmente envolvidos, ficamos fora de orbita, descompensados, despersonalizados. Ficamos absurdamente fora do eixo. Temos a sensação que a vida está sem sentido e desaprendemos a forma de seguirmos com o barco. É como se nunca fossemos a gente em nossa singularidade, antes desta relação.

 

Isso acontece porque quando estamos nos envolvendo, abrimos mão do que é nosso, das nossas amizades, dos nossos projetos, das coisas que nos fazem sentido e passamos a viver muito mais o outro. E quando é chegado ao fim, como está a nossa rede de apoio e os nossos interesses individuais? Por isso a importância de não nos perdemos no outro dando a ele total prioridade.

 

É preciso o amadurecer da ausência para compreendermos que não se trata de esquecer e nem de arrancar ninguém da nossa cabeça, mas aceitar que por algum motivo, nesse momento, nossa caminhada segue sem essa pessoa. É a hora do resgate, a hora do se querer de volta.


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