Quando você é desligado de uma empresa a sensação é de perda do chão, e você pensa: e agora, José?

Nos primeiros dias você estranha a mudança na rotina: não vai mais para o ambiente do trabalho, não enfrenta o trânsito, não tem mais as tarefas diárias de sua função, não tem a companhia de seus colegas, entre outras coisas. No início fica bem estranho....

Quando se perde um emprego você passa pelas etapas de um luto: a Negação (Eu estou bem!), a Raiva (Por que eu? Não é justo!), a Negociação (Eu faria qualquer coisa. Vou fazer certo e ganharei.), a Depressão (Eu me odeio! Será muito difícil.) e a Aceitação (Tinha que ser dessa forma. Tudo ficará bem.).

Os dias passam e você sente as emoções de ânimo e desânimo de forma cíclica. Um dia super animada e outro bem desanimada.

Faz parte do processo duvidar de suas qualificações e pensar de modo pessimista. E isso pode paralisar você, não sabendo mais o que fazer, podendo caminhar para uma depressão. É aqui que mora o perigo.

Quando sinto desânimo, penso na persistência de Balzac, que mesmo com críticas pesadas sobre seus primeiros escritos, continuou escrevendo, observando o comportamento das pessoas, aperfeiçoando sua escrita e se tornou o fundador do realismo na literatura moderna, principalmente pela obra “Comédia Humana”.

Algumas dicas pessoais:

- Procure amigos para conversar, sempre há uma nova perspectiva.

- Aproveite o tempo e leia, procure cursos gratuitos para se atualizar ou agregar um novo conhecimento em seu curriculum.

- Procure os profissionais que podem te ajudar, e não desanime mesmo ouvindo “não”, porque em algum momento, o “sim” virá.

Nesse momento, o importante é continuar agindo, não perder a confiança no que você é e na sua capacidade profissional. Falo isso por experiência própria, passei pelas fases do luto e em alguns dias estava extremamente confiante e em outros, extremamente desmotivada. Mas, se temos vida, temos possibilidades em nossa frente!

 

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