Comunicação Não Violenta

https://www.instagram.com/elizabethdias.psicoterapeuta/?hl=pt-br

Palavras podem ser portas que nos aproximam, ou podem ser muros que nos distanciam. 

Comunicar é uma palavra que vem do latim, e significa tornar algo comum, repartir e compartilhar. Assim sendo, não existe vida humana que não se comunica. A comunicação faz parte de quem somos.

Dentre as  formas de comunicação, estão:
–  Comunicação não verbal. São olhares, gestos, sorrisos, lagrimas, postura etc.

– Comunicação verbal. Embora todas as formas de comunicação sejam revelações importantes a nosso respeito, a comunicação verbal recebe uma ênfase especial em nossa cultura. A maneira como nos comunicamos influencia muito os nossos relacionamentos, a realização dos nossos projetos e reflete na nossa qualidade de vida e das pessoas que conosco convivem.

Comunicação verbal violenta

A comunicação verbal pode ser violenta, ou seja, sem empatia, desrespeitosa e agressiva com as outras pessoas.

Na comunicação verbal violenta é comum observarmos também alterações no tom da voz e altura, com gritos. Porém, pode haver agressividade também quando se fala baixo.

A pessoa violenta em sua fala, apresenta dificuldades para aceitar as diferenças, por isso, tenta impor seus valores e escolhas pessoais. Quase sempre não dá uma sugestão, mas tenta pressionar a outra pessoa.

Assim, age como se tivesse o direito de impedir o outro de exercer a sua liberdade. Não consegue, muitas vezes não tenta, se colocar verdadeiramente no lugar da outra pessoa.

As pessoas predominantemente violentas verbalmente quase sempre enxergam a realidade de maneira extremada. Ou seja, tudo é bom ou ruim, certo ou errado, e o diferente é sempre um erro.

Na verdade, elas são tão radicais por terem dificuldades para lidar com elas mesmas. Assim, necessitam se autoconhecer, desenvolver amor e respeito por elas mesmas, para só depois aprenderem a amar sem tantas imposições, exigências e controles. Respeitando, assim, a outra pessoa, mesmo quando não houver concordância.

Enfrentando esse tipo de comunicação

Se você vivencia um relacionamento em que a comunicação é predominantemente violenta, entenda:

– Esse tipo de violência fere a alma e contribui para que surjam doenças emocionais. Por isso, busque ajuda; a psicoterapia é uma opção muito eficaz.

– Amar não é aceitar tudo, e nenhum tipo de violência deve ser aceita. A violência destrói a autoestima. Ou seja, você precisa colocar limites.

– A pessoa violenta, verbalmente ou fisicamente, também precisa de ajuda. Retornando ao conceito de comunicação, quando uma pessoa só consegue repartir e compartilhar violência e dor, isso reflete o seu mundo interior.

Contudo, cabe a ela reconhecer que precisa e buscar ou aceitar ajuda. Você não tem como ajudar alguém que não reconhece e não aceita.

A mudança vem pela aceitação

Para finalizar, é oportuno lembrar Rogers, que disse: “Aceitar-se é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína dos outros.” Somente a partir da aceitação e do reconhecimento das próprias limitações, dificuldades e dores a pessoa poderá se desenvolver e se tornar um ser humano mais saudável e feliz emocionalmente. 

Ver mais artigos publicados por Elizabeth De Oliveira Dias