Quando pergunto para um psicólogo o que ele faz, é comum escutar a seguinte resposta: sou psicólogo. Mas não perguntei quem você é, querida pessoa. E se tivesse perguntado, também imagino que a resposta não seria essa. Afinal, ninguém nasce psicólogo.
Então faço outra pergunta: tudo bem, você trabalha com psicologia, mas qual é o diferencial do seu trabalho? Aí, o Ser me responde, trabalho com terapia cognitivo comportamental construtivista (por exemplo).
Espera, perguntei seu diferencial e você me respondeu com uma ferramenta da sua profissão. Onde está aquela parcela que te torna único no seu trabalho? Isso é o seu diferencial.
Veja o tamanho da confusão!
A pessoa veste o diploma quando se forma, acreditar Ser o título no novo documento de identidade - o CRP - e passam a agir, pensar e sentir como se fossem a profissão. Por que isso acontece? Porque todos temos a necessidade de pertencer a um grupo. Para pertencer, temos a noção equivocada de que temos que fazer aquilo que esperam de nós.
Então, quando estamos empenhados em desempenhar um papel social, atendendo as expectativas dos outros (leia-se, CRP, colegas, professores, pacientes), na verdade, estamos atendendo as necessidades do nosso EGO de nos sentirmos importantes.
Há algo de errado nisso? Não. Não se trata de certo ou errado. Se trata de causa e efeito. O efeito de tentar ser o que não é, para se sentir aceito por um sistema que nem te enxerga é a profunda desconexão com a sua essência.
Essência? Que negócio é esse?
É quem você realmente é. Aquela parte sua que te torna um Ser único.
Pois bem, quando estamos desconectados da nossa essência, não conseguimos lembrar de quem somos. Não é à toa que muitos colegas perdem a noção de humor e se tornam profissionais ‘sérios’ o tempo todo - até quando estão com amigos. A psicologia deixa de ser uma profissão e passa a ser uma religião, ou algo desse tipo.
Então quando alguém nos faz a famosa pergunta: quem é você. A pessoa não consegue responder. Ainda justifica que essa é uma pergunta muito complexa. Divagando sobre a visão de algum autor - de nome complicado - sobre questões existenciais. Ah, pelo amor de Deus!
Quem é você, pessoa? Você é você e ponto. Não precisa de título pra dizer quem é. Pode até falar algumas características que são próprias da sua personalidade, preferências, gostos e etc. - mas ciente de que não passa disso, uma persona.
Só que o Ego não aceita resposta simples. Tem que complicar. Tem que inflar o currículo. Tem que provar por A mais B que você é ‘importante’.
Quando os títulos não estão à serviço da vida, servem apenas para validar alguém que não sabe quem é.
Se alguém está desconectado da sua essência, vai usar os títulos que acumulou para tentar se validar - sem nunca conseguir. Sinto muito dizer, mas o Ego não fica satisfeito com soluções. Um dos papéis dele é identificar problemas (e isso, tem muita serventia para viver em sociedade - não estou aqui para criticar o Ego).
É por isso, que muitos psicólogos fazem cursos e mais cursos sem nunca se sentirem preparados o suficiente. A essência fica sufocada com tanto conhecimento, sem conseguir se manifestar. São títulos em cima de títulos, para justificar o quê?
Espera, está nascendo um pensamento alí que diz assim: mas é importante continuar estudando para se aprofundar. Claro que sim! Podemos estudar. Aprender é ótimo. Mas existe uma grande diferença entre usar o conhecimento à serviço da vida e usar o conhecimento para me sentir seguro.
Um movimento olha para o Ego e o outro olha para o bem comum.
Sabemos que a insegurança é parte da existência humana. Quem se disser que não tem medo, está mentindo ou é psicopata. Só que quando você está alinhado com a sua essência, consegue se colocar em movimento mesmo não estando 100% preparado. Até porque, ninguém pode deter todo o conhecimento. Você aprende o suficiente, até se deparar com um problema que não consegue resolver, aí busca conhecimento para resolver a questão e segue o seu fluxo olhando para aquilo que soma.
Um psicólogo alinhado a sua essência, sabe que a profissão é um veículo para servir ao bem comum. Apenas isso. Se não for pela psicologia, certamente será por outros meios. Pois todas as profissões são igualmente válidas.
Para esse profissional, não é difícil responder: quem você é? O que você faz? E qual seu diferencial?
[Detalhe, quando falo de diferencial, não me refiro ao lugar de importância que nosso Ego tenta vender. Então o quanto antes reconhecemos que não somos tão importantes assim, antes tomamos nosso lugar de potência.]
Mas e daí? E se você sentir que perdeu essa conexão com quem é em algum lugar da sua formação, o que fazer? Não se desespere, não se julgue. Eu senti isso muito forte na minha jornada. Quando percebi, a vida estava ficando preto e branca, porque tentava explicar tudo com as teorias que tinha aprendido. Só que isso era só o meu Ego tentando evitar sentir o que precisava sentir. A razão é uma das máscaras mais difícieis de reconhecer. Mas, enfim, mergulhei em um processo profundo de autoconhecimento. Fiz mentoria pra conseguir retornar ao meu lugar.
Finalmente me reencontrei. E foi tão bom que agora quero estender o que recebi a mais pessoas.
Então deixa eu responder essas perguntas que fiz, para exemplificar o que quero dizer. Depois, convido você a fazer o mesmo exercício. Bora?
Quem sou?
- Eu, sou eu. Quem sou não precisa de títulos. Quem sou se manifesta em minhas atitudes, no meu jeito próprio de Ser. Simples, brincalhona, alegre. Apaixonada por gatos, praia, música, filmes.
O que faço profissionalmente?
- Ajudo psicólogos a viver de psicologia online através da criação de psicoprodutos estratégicos.
Qual meu diferencial?
- Meu olhar é para a essência e propósito do meu cliente. Muito mais do que falar sobre marketing digital e psicologia online, mostro como essas ferramentas ajudam a manifestar o seu potencial no mundo.
Qual sua abordagem?
- Uso como ferramenta a sabedoria sistêmica para apontar um caminho mais leve de crescimento pessoal e profissional na psicologia.
É isso, agora desafio você a responder essas perguntas e encaminhar o texto para 3 amigos psicólogos.
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Seguimos conectados,
Viviane Lopes
CEO Psicoclique
https://psicoclique.com.br/viviane-lopes-52648
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