Minha intenção com este texto é chamar a atenção dos maridos e também das esposas, que tem dedicado horas excessivas para o trabalho, deixando a desejar no cuidado com o cônjuge. O que mais me preocupa é a justificativa: trabalham para dar o melhor para a família. O que seria esse melhor?
Por exemplo, um bom profissional pode dedicar horas do seu dia trabalhando e, quando chega em casa, sua esposa necessita conversar, seu filho ou filha precisa de atenção. Muitas vezes para piorar, a pessoa leva serviço para casa. Se a esposa "reclama" dizem que estão reclamando de barriga cheia, pois estão trabalhando para dar o "melhor" para a família.
O oposto também acontece. Com a intensificação da entrada delas no mercado de trabalho, as mulheres também dedicam seu tempo a outras atividades: trabalho, casa, marido, filhos, etc. E, atualmente, muitos gastam seu precioso tempo aos aparelhos eletrônicos.
Todo ser humano é único, isso sabemos. O que muitas vezes deixamos passar e acabamos não dando importância, é justamente as particularidades de cada um, colocando a nossa forma de enxergar o mundo ao nosso redor como prioridade sobre as outras pessoas.
Algumas vezes nas minhas publicações, falei sobre o livro "As cinco linguagens do Amor". Nele, o conselheiro de relacionamentos Gary Chapman, explica que existem cinco linguagens básicas pelas quais o amor é expressado e compreendido. Segundo Chapman, cada indivíduo nasce com uma maneira específica de identificar, receber e dar amor.
Sendo assim, precisamos pensar: o que entendo por melhor, é o melhor também para meu cônjuge?
Pois bem, a partir do momento em que passamos a observar aqueles que nos cercam, sua forma de agir e de se expressar, temos a possibilidade de estabelecer com eles uma comunicação muito mais eficiente e assertiva, que pode gerar resultados altamente positivos para ambas as partes e fazer com que nossas relações sejam bem melhores.
Vivemos dias de "amores líquidos", que por qualquer probleminha deixamos ir embora pessoas com as quais poderíamos viver o resto da vida. Parte das pessoas não consegue resolver as divergências de opinião, batalhar para que uma relação dê certo e acha mais fácil terminar do que construir algo sólido. Preferem descartar o relacionamento e partir para a próxima.
Aprendemos nos últimos anos que temos direitos, direitos e direitos. E não nos ensinaram os deveres.
Homens e mulheres, conversem um com o outro. Fale dos seus desejos, suas expectativas, sonhos, pesadelos, medos, carências. Falem, falem, falem… Ouçam, ouçam e ouçam.
O que chamo a atenção é que não importa o quão ocupada/o você seja, é preciso dedicar tempo ao seu/sua cônjuge e a sua família. Descobrir o que o outro gosta e o que o faz se sentir amado. Não importa qual a sua profissão, sua família precisa ser também o foco. Tudo passa, mas a família, quando bem cuidada, continua. Lembre-se, nenhum sucesso profissional justifica o fracasso de uma família.
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