Escolha Inconsciente


       O psicólogo e sexólogo estadunidense Money (1986), afirma que a escolha do parceiro é, simultaneamente, consciente e inconsciente. Trazemos impressas ideias que coexistem em nosso inconsciente, que dominam nossos comportamentos e determinam nossas ações. Esses conteúdos do inconsciente são chamados por ele de “mapa amoroso”, uma espécie de mecanismo ou modelo com elementos subliminares, cheio de circuitos cerebrais que formam um padrão mental pelo qual nos sentimos atraídos e apaixonados por uma pessoa e não por outra.


       O autor (1986) acredita que esse mapa começa a ser construído antes dos 5 anos de idade, concluindo-se por volta dos 8. Esta construção é influenciada pela relação com  familiares, amigos, vizinhos e professores, o que contribui para formação de memórias, daquilo que nos agrada ou desagrada, que vão sendo armazenadas em nosso “banco de dados”, no qual, pouco a pouco, vamos associando imagens e parâmetros do que seria uma figura internalizada do parceiro ideal. Este acervo  vai sendo consultado e atualizado muitas vezes ao longo da vida.
À medida que afetamos e somos afetados em nossas relações, vamos, sem darmos conta, encaixando o outro em nossos modelos e esse mapa amoroso vai sendo colocado no parceiro.

 

Marcelo Souza

Especialista em Terapia de casal e família pelo ITFSP - Instituto de Terapia Familiar de São Paulo 

Sócio Titular da APTF - Associação Paulista de Terapia Familiar 

E-mail: contato.psico.marcelo@gmail.com

Ao amor como motor e fio condutor sempre! :-)

 


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