O novo modelo sistêmico de pensar e trabalhar nos leva a integrar as mais variadas teorias, que são fruto do consenso de uma comunidade de profissionais inovadores que, através de suas experiências, intuição, criatividade, reflexões e percepções sobre o mundo contemporâneo e o desenvolvimento pessoal, contribuíram para a consolidação da teoria. 

       O percurso de cada casal depende do modo como sua relação está estabelecida. Dessa forma, devemos considerar não apenas as histórias individuais, mas como a relação contribui para a releitura e atualização dessas histórias, uma vez que somos construtores do contexto relacional e cultural no qual existimos e nossas atitudes com os parceiros tendem a se retroalimentar. O que sustenta o relacionamento é sua história. História essa, construída e fortalecida diariamente.

       Para nós, terapeutas, a terapia é realmente uma ocasião para refletir sobre “onde estamos”, no que diz respeito aos nossos laços de casal e às nossas famílias. Por essas reflexões e por nossas transformações pessoais, somos profundamente gratos a quem nos consulta em função de suas próprias dificuldades relacionais. Procurando a sua estrada, o cliente indica o caminho também para nós. Nesse sentido, a terapia torna-se o encontro entre dois mundos familiares que partilham uma jornada em comum (ANDOLFI, 2002).

       A função da terapia é somente ampliar o contexto de compreensão. A solução que o sistema conjugal vai encontrar, nós, enquanto terapeutas, não temos a menor ideia. Até o momento, existe uma carência em publicações que privilegiem os sistemas de significados transmitidos pela linguagem do encontro terapêutico. Entretanto, as existentes são unânimes na relevância, melhora e fortalecimento do casal e dos terapeutas que se propõem a esse processo terapêutico.

 

Marcelo Souza

Especialista em Terapia de casal e família pelo ITFSP - Instituto de Terapia Familiar de São Paulo 

Sócio Titular da APTF - Associação Paulista de Terapia Familiar 

E-mail: contato.psico.marcelo@gmail.com

Ao amor como motor e fio condutor sempre! :-)

 


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