Recentemente, virou notícia da separação do cantor Thiaguinho com a atriz Fernanda Souza. A notícia pegou as pessoas de surpresa por dois motivos: por ter sido “repentino” e eles terem comunicado que se mantém amigos.

 

Nenhum termino de casamento é bom, pois quem tem uma vida conjunta (seja casado ou em namoro) sabe que expectativas e planos são perdidos quando um relacionamento não tem mais futuro, sem contar questões sentimentais – que são até mais importantes para a maioria – que deixam de existir.

 

Sobre este caso, o que chama a atenção são os dois itens que mencionei mais acima: a surpresa e a amizade. Claro que nenhum casamento acaba de uma hora para outra, pois é igual uma casa que cai: ela não desaba de um dia para o outro, mas é um processo que leva tempo e tem como potencializador a desatenção e a falta de cuidado com o casamento.

 

Existem vários motivos que levam um casal a separar, mas vou comentar somente 2 tipos que são, infelizmente, muito comuns: os que acabam por falta de manutenção e os que já nascem no fim.

 

Um casamento que acaba por falta de manutenção é aquele que vai sendo empurrado pela barriga, sem o interesse do casal em mudar o que está ruim. De um lado tem uma pessoa que não liga mais para a conquista, o cuidado e a atenção. Do outro, há uma pessoa que sempre releva o que o outro faz de errado, sempre “passando o pano” ou justificando as ações que vão prejudicar os dois.

 

Vou dar um exemplo: quando o marido não faz nada em casa, não conversa com a mulher ou troca a companhia dela pelo trabalho, amigos ou futebol. Diante disso, a mulher passa a reclamar do marido, mas continua fazendo as tarefas domésticas, brigando com ele por não lhe dar atenção, mas não faz nada além de justificar os atos dele como algo comum, que é “coisa de homem”.

 

Infelizmente, no cenário acima, ambos desistiram do casamento. Do lado do marido que exemplifiquei, ele perdeu o interesse na esposa, pois já a conquistou e a vê como uma mãe (quem mais faz tudo pra gente e não “cobra” por isso?). Do lado da mulher, ela também desistiu por ter um “filho” em casa (mais uma vez, só mãe reclama dos filhos ou busca fazer por ele, pois ele “não sabe”).

 

Agora, falarei sobre o segundo caso: os casamentos que já nascem no fim.

 

Antes mesmo de namorar, pessoas carentes tem a tendência de buscar alguém que as completem (bem como dizem as músicas que insistem que somos “metade” de algo). Então, quando duas pessoas carentes se reconhecem e iniciam um namoro, elas vêem um “amor” nessa relação que, na verdade, é só uma junção de sentimentos ruins, como falta de amor próprio e uma autoestima fragilizada. Com isso, eles acham que um pode curar o outro, mas só o que fazem é tornar algo que acontecia só com um, ser algo que ocorre com os dois. É igual somar 0 com 0. Qual o resultado?

 

Em ambos os casos, o sentimento ou desatenção nunca começa grande. Ele vai crescendo com a falta da devida manutenção, de carinho, de compreensão de sí mesmo e, quando menos se espera, termina o casamento. Não por falta de aviso, mas por fingir que não vê o que está na cara, muitas vezes.

 

Neste caso, para que o casamento não acabe “repentinamente”, o ideal é cuidar, fazer a manutenção. Não tem solução mágica. Como fazer isso? Com terapia, diálogo e mudança de hábitos. Afinal, uma parede rachada não se remenda só com tinta, mas com muito trabalho e materiais corretos.

 

Porém, pode ser que o relacionamento não tem futuro mesmo, que seu “alicerce” já está ruim e não consegue mais sustentar nada. Neste caso, a melhor opção é o diálogo e a terapia. Isso porque, quando o casal conversa e compreende que eles ficam melhor separados que juntos, não há motivos para machucar o outro.

 

A separação já tem a dor dela, não é preciso colocar mais sofrimento nisso. Quando ambos entendem o que os levou a ficarem juntos e o que motivou o fim do casamento, eles agem com maturidade e não fazem algo ser mais dolorido que o necessário. Com isso, mesmo perdendo, todos saem ganhando. Seja experiência, maturidade ou conhecimento para o próximo relacionamento.

 

Então, se você sente que seu relacionamento pode ter “trincas” ou “rachaduras”, não deixe de fazer a devida manutenção. Ainda que você também ache que não precisa, porque sua relação é forte como uma pedra, reveja isso e procure saber se ela é forte mesmo.

 

Buscar melhorar o casamento é bom para os dois. Não deixe sua “casa” ruir por mero descuido!


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