Quem nunca se pegou exausto após um longo dia de trabalho e precisou recorrer a uma "refeição" instantânea como o miojo ou outra opção de fast food? 
 
E tudo bem, eventualmente, vez ou outra, ok!
A questão é que temos uma urgência que vai muito além do macarrão instantâneo. 
 
 Queremos soluções e queremos para ontem.
Queremos que nossas mensagens sejam respondidas e queremos para ontem
Queremos que o remédio faça efeito e queremos para ontem.
 
O fácil acesso a informações – estímulos – podem colaborar com essa ânsia de querer respostas rápidas – soluções instantâneas.
SMLXL
 
Nos tornamos uma geração mais ansiosa, menos paciente e menos tolerante. Ao passo que, exigimos uma urgência na realização de tarefas, acabamos por, muitas vezes, desconsiderar que algumas coisas exigem um tempo mínimo para serem elaboradas e concretizadas, o qual frequentemente nem pode ser estipulado. Desde aspectos muito simples, como o tempo de fermentação de um bolo ou de um pão até em processos como de uma psicoterapia.
 
Ao entrar em contato com alguns conteúdos internos, invariavelmente, haverá uma mobilização. Não basta apenas se dar conta. É importante, mas não o suficiente. É preciso se permitir ficar um tempo refletindo e, comumente, "digerindo" algumas reflexões ou insights.

A tecnologia é, e pode ser muito útil. No entanto, é preciso parar e perceber que diferente de uma máquina, nosso sistema não é mecânico. É necessário passar por algumas etapas de identificação, processamento e gerenciamento de conteúdos emocionais, esses passos demandam tempo.
 
Toda demanda Demanda!
 
Que aprendamos a respeitar o nosso tempo.
Que aprendamos a aceitar o ritmo do outro.
Que aprendamos a compreender que mais do que sujeitos produtivos, precisamos ser sujeitos bem resolvidos.
 
Autora: Leila Sleiman - psicóloga cognitivo comportamental.

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