Você já deve ter passado pela situação de comprar por impulso e depois se arrepender por ter gastado em algo que você não precisava tanto assim. O problema é quando esse comportamento se torna corriqueiro, transformando a vida das pessoas em um verdadeiro pesadelo. Você provavelmente já deve ter escutado a história de alguém que perdeu tudo por causa da bola de neve de dívidas que não conseguiu resolver.

     Segundo um estudo americano, hoje são contabilizados 18 milhões de americanos que sofrem com esse problema (não há estátisticas brasileiras). Atingindo cerca de 3% da população, a compra compulsiva ou oniomania, pode levar famílias e suas contas bancárias a devastação.

COMO RECONHECER O VÍCIO EM COMPRAS?

     Se você não consegue evitar de gastar quando tem dinheiro, acaba comprando coisas que sabe que não irá usar e/ou tem vergonha de contar para as pessoas sobre certas compras que fez é possível que se trate de um viciado em compras. Diferente do que algumas pessoas acham, a doença não é uma exclusividade das classes altas, podendo afetar membros de todas as classes sociais. 

     Alguém só é considerado comprador compulsivo quando é incapaz de controlar o desejo de comprar e seus gastos se tornam excessivos. É comum que o comprador compulsivo sinta muita euforia e excitação antes de comprar, e depois pode sentir muita culpa e remorso. O comprador compulsivo consome pelo prazer e não pela real necessidade do objeto.

CARACTERÍSTICAS DO VICIADO

     O problema costuma se iniciar com pequenas dívidas no cartão de crédito, que mesmo assim não impedem a pessoa de continuar comprando, até que essas dívidas crescem em proporção tão grande que a pessoa não tem condições de quitar seu débito. Em média 3% dos viciados em compras chegam a essa proporção de perda total do controle sobre suas finanças. O consumidor abusivo tende a justificar seus gatos abusivos, como forma de melhorar sua autoestima, ou como símbolo de status social o que faz com que muitas pessoas associem suas compras com o sucesso pessoal, gastanto em sua maioria em roupas, relógios e acessórios de beleza.

É MAIS COMUM NAS MULHERES?

    Apesar do senso comum imaginar que o vício em compras é mais comum em mulheres (já que é comum as mulheres gostarem mais de ir as compras), estudos afirmam que a porcetangem é igual para homens e mulheres, a diferença principal está nos objetos comprados, mulheres preferem cosméticos e roupas enquanto homens optam por aparelhos eletrônicos.

RECONHECENDO O PROBLEMA

     Responda com sinceridade as seguintes perguntas:

  1. Você tem preocupação excessiva com compras?
  2. Muitas vezes, acaba perdendo o controle e comprando mais do que deveria ou poderia?
  3. Já tentou e não conseguiu reduzir ou controlar as compras?
  4. Você percebe se faz compras como forma de aliviar, a angústia, a tristeza ou qualquer outra emoção negativa?
  5. Mente para encobrir o descontrole e a quantia que gastou?
  6. Tem problemas financeiros causados por compras?

     Se você respondeu "sim" para mais de quatro questões, é bom você procurar ajuda de um psicólogo. 

     Como qualquer outro vício, os compradores compulsivos podem se recuperar do problema e para isso é fundamental que o portador reconheça sua dependência. Na sequência é necessário procurar ajuda profissional para que sejam postas em prática técnicas de controle dos impulsos. Em casos muito graves, o psicólogo pode ser auxiliado por um médico que receite medicamentos.

 

 

     


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