Quando RESPIRAR é Fundamental!

Em momentos de ansiedade, respirar fundo é útil na prevenção e tratamento de sintomas ansiosos, estresse e depressão, pois a respiração e as emoções estão fortemente interligadas.


Desde a infância, criamos uma tensão consciente para bloquear um impulso que poderia gerar um retorno hostil de nossos pais. Ao longo do tempo, esta tensão pode tornar-se crônica e inconsciente, gerando uma respiração deficiente que se constitui como o principal obstáculo para o bom desenvolvimento da saúde emocional. Da mesma forma que uma respiração plena é capaz de evocar sensações e sentimentos reprimidos, trazer à tona essas emoções bloqueadas pode permitir um fluxo integral de energia que percorre todo o corpo, devolvendo a vivacidade para um organismo.


A maioria das pessoas nunca parou para analisar o modo como respiram. Na verdade, a pergunta seria: por que fazer isso? Nosso organismo realiza automaticamente uma boa quantidade de processos, garantindo assim nossa sobrevivência. Graças a isso, podemos dedicar boa parte de nossa energia a outras tarefas, como ler um livro, por exemplo.


Mas, quando pensamos em respirar, visualizamos um par de pulmões instantaneamente. Bem, pode-se dizer que o verdadeiro responsável por esse processo é o diafragma, o qual encontra-se sob os pulmões e separando o tórax da área abdominal.


Ele se move quando respiramos e, se o fizermos com amplitude, estimulará outros órgãos, como o fígado e um grande número de tecidos, para promover a circulação sanguínea, favorecendo inclusive a eliminação de toxinas.
E porque estamos te falando isso?


Os Transtornos de ansiedade estão entre os transtornos mais comuns em nossa socidade, atingindo um número superior a 18,6 milhões de brasileiros até o ano de 2015, e se caracterizam por uma resposta de ansiedade exagerada e não adaptativa a algum estímulo, por isso, um dos tratamentos para sintomas ansiosos, que segundo estudos de tratamento da TCC, são as técnicas de relaxamento, dentre elas o relaxamento progressivo, relaxamento passivo e respiração diafragmática.


Portanto, vamos priorizar aqui a respiração diafragmática. Nela, também, constitui uma técnica de relaxamento que visa à diminuição da ansiedade.


Nessa técnica, preste atenção em sua própria respiração e identifique os movimentos de inspirar e expirar colocando a mão sobre o abdômen e a região peitoral. Em seguida, respire lenta e pausadamente, inspirando por três segundos, segurando a respiração por mais três segundos e soltando a respiração pela boca por seis segundos. Essa respiração impede a hiperventilação e diminui os sintomas autonômicos e a tensão muscular.


Ao inspire o ar para o abdómen. Sinta a barriga a subir à medida que inala e a baixar quando exala. Respire devagar, caso contrário, irá ficar com hiperventilação (as tonturas durante o exercício são provavelmente um sintoma de hiperventilação, isto é, o exercício está a ser realizado depressa demais ou demasiado profundamente).
Devido à associação entre ansiedade e hiperventilação, o relaxamento tem um papel a desempenhar como um preliminar à reeducação respiratória e como componente para lidar com o stress.


Isso acontece, porque ao respirar de forma calma e profunda, você estimula o nervo pneumogástrico (ou vago) que é responsável por contrabalançar o stress. Quando estamos sob stress, nosso coração bombeia mais depressa e a pressão arterial aumenta e o nervo pneumogástrico age no sentido oposto. Por isso, estimular o nervo pneumogástrico através da respiração, se expirarmos durante duas vezes mais tempo do que inspiramos, estimulamos a atividade nervosa (nervo pneumogástrico) gerando alívio nesses sintomas.


Agora... convido você a um exercício fácil de aprender, agradável, seguro, natural e sem efeitos secundários negativos. Componha um ambiente agradável e sossegado. Pode sentar-se ou deitar-se. Solte a roupa apertada, tire os sapatos (e os óculos, se tiver) e ponha-se completamente confortável.

Vamos começar?


Comece por expirar completamente o ar dos pulmões ao se preparar para inspirar profundamente.


. Coloque uma mão no abdômen e outra no peito.
. Suas costas devem estar retas.
. Agora respire fundo pelo nariz.
. Observe que a área que incha é o diafragma (o abdômen) e não o seio.
. Em seguida, expire pela boca de maneira sonora.

Observe e foque a atenção na sua respiração. À medida que respira, concentre-se na mão na barriga a mover-se e na mão no peito quieta.


Comece por praticar a respiração de relaxamento durante cinco minutos, depois aumente lentamente para os quinze ou vinte minutos ao longo da semana.


Inspirar fundo e expirar pode parecer um exercício simples, e é, mas pode ser usado para muito mais do que isso. Está comprovado que o treino da respiração origina uma frequência respiratória mais lenta, uma diminuição na ansiedade e uma redução na frequência e intensidade dos ataques de pânico.

 

Por Carolina Voltolini
Psicóloga Clínica - CRP: 12/11497

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